Era uma vez, em um reino encantado chamado Lúmira, onde as flores brilhavam como estrelas e os rios cantavam melodias doces, vivia uma fada chamada Azul. Azul não era uma fada comum – suas asas cintilavam como safiras ao sol, e ela tinha um dom especial: podia entender e falar com os animais.
Um dia, enquanto Azul voava pelo bosque encantado, ela percebeu algo estranho. O pequeno riacho que atravessava o coração da floresta estava seco. Os peixes estavam tristes, e os sapos coaxavam preocupados. Azul pousou ao lado de um esquilo que mordiscava uma noz e perguntou:
— Esquilo, o que aconteceu com o riacho?
— Ah, Fada Azul, — respondeu o esquilo, com os olhos arregalados. — Ouvi dizer que o riacho secou porque o tesouro da Rainha da Floresta desapareceu!
— O tesouro da Rainha? Que tesouro?
— Um colar mágico feito de gotas de orvalho! Dizem que ele mantém a magia da floresta viva. Sem ele, tudo está perdendo seu brilho.
Azul sabia que precisava agir. Ela foi até o castelo da Rainha da Floresta, uma árvore gigantesca com portas de cristal e folhas douradas. A Rainha, uma figura graciosa com cabelos de hera, estava sentada em seu trono, visivelmente preocupada.
— Majestade, ouvi dizer que o colar mágico foi perdido. Como posso ajudar a encontrá-lo? — perguntou Azul.
A Rainha suspirou e disse: — O colar foi roubado por uma criatura misteriosa. Eu senti sua presença na noite passada, mas não consegui vê-la. Preciso que você encontre o colar antes que seja tarde demais.
Com um aceno de sua mão, a Rainha entregou a Azul um pequeno cristal que brilhava fracamente.
— Este cristal vai guiá-la, mas sua luz só brilhará forte quando você estiver perto do colar.
Azul agradeceu e partiu imediatamente. Ela voou alto sobre a floresta, olhando para o cristal. A luz era fraca, mas tremeluzia como uma vela em uma noite escura.
No meio do caminho, encontrou um corvo preto empoleirado em um galho. Ele parecia muito esperto.
— Corvo, você viu algo estranho na floresta recentemente? — perguntou Azul.
O corvo inclinou a cabeça e respondeu: — Talvez eu tenha visto. Mas o que ganho em troca da informação?
Azul pensou por um momento e tirou um pequeno pote de mel que carregava em sua bolsa.
— Tenho este mel delicioso. Que tal?
O corvo grasnou alegremente. — Feito! Vi uma criatura estranha correndo para o Vale Sombrio. Era grande e tinha olhos brilhantes como carvões.
— Obrigada, corvo! — disse Azul, entregando o mel.
Azul voou em direção ao Vale Sombrio. Esse lugar era conhecido por ser misterioso e cheio de neblina. Quando chegou lá, o cristal começou a brilhar um pouco mais forte. Ela pousou suavemente e olhou ao redor. O silêncio era inquietante.
De repente, ouviu um rosnado baixo. Atrás de uma árvore, apareceu um lobo grande com olhos vermelhos. Azul tentou não demonstrar medo.
— Quem é você e por que está aqui? — perguntou o lobo com uma voz grave.
— Sou a Fada Azul, e estou procurando o colar mágico da Rainha da Floresta. Você sabe onde ele está?
O lobo pareceu hesitar, mas respondeu: — Sim, eu sei. Ele foi levado pelo Dragão das Sombras. Ele vive em uma caverna no pico da Montanha Negra.
Azul agradeceu ao lobo e continuou sua jornada. A Montanha Negra era um lugar perigoso, mas ela sabia que precisava ser corajosa. Quando chegou à montanha, o cristal brilhava intensamente, iluminando seu caminho. Azul entrou na caverna escura e viu o Dragão das Sombras dormindo em um ninho de pedras brilhantes. E lá estava o colar mágico, pendurado em uma estalactite acima do dragão.
Azul sabia que precisava ser cuidadosa. Ela voou silenciosamente até o colar, mas, ao pegá-lo, a corrente tilintou. O dragão abriu seus olhos vermelhos e rugiu.
— Quem ousa roubar meu tesouro? — ele gritou.
— Eu não estou roubando, — respondeu Azul com firmeza. — Este colar pertence à Rainha da Floresta. Sem ele, nosso mundo está morrendo.
O dragão parou e olhou fixamente para Azul.
— Eu não sabia que este colar era tão importante. Peguei porque achei bonito. Se vai salvar a floresta, pode levá-lo.
Azul agradeceu ao dragão e voou de volta ao castelo da Rainha. Quando entregou o colar, a Rainha colocou-o em volta do pescoço, e imediatamente a floresta recuperou sua magia. O riacho voltou a fluir, as flores brilharam novamente, e todos os animais celebraram.
A Rainha sorriu e disse: — Você salvou nosso reino, Fada Azul. Sua coragem e bondade são um exemplo para todos nós.
E assim, Azul tornou-se a heroína de Lúmira, e sua história foi contada por gerações. Ela continuou ajudando a floresta e seus amigos, sempre pronta para enfrentar qualquer desafio com coragem e coração.
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