Em uma pequena vila chamada Lumiar, cercada por montanhas e florestas encantadas, havia um segredo que poucos conheciam: aquela região era lar de bruxas boas! Diferente do que muitos pensavam, essas bruxas não eram assustadoras, nem faziam maldades. Elas usavam seus poderes para ajudar quem precisasse, mas sempre de forma discreta, pois sabiam que os humanos nem sempre entendiam a magia.
Entre todas as bruxas, havia uma especialmente querida chamada Dona Flora. Dona Flora era uma bruxa velhinha com cabelos prateados que brilhavam como a luz da lua. Ela morava em uma cabana no meio da floresta, cercada por plantas que cantavam baixinho e passarinhos que traziam mensagens do mundo todo. Dona Flora tinha uma gargalhada contagiante e um caldeirão sempre borbulhando com poções cheirosas e coloridas.
Um dia, enquanto colhia flores para fazer um elíxir de coragem, Dona Flora ouviu um choro vindo da borda da floresta. Ao se aproximar, encontrou uma garotinha de tranças douradas sentada em uma pedra, soluçando baixinho.
— O que houve, minha querida? — perguntou Dona Flora, com a voz suave como um cobertor quentinho.
A garotinha enxugou as lágrimas e olhou para a velhinha.
— Eu me perdi — disse ela. — Meu nome é Clara, e eu estava pegando frutas com meu irmão, mas não consegui mais achá-lo.
Dona Flora sorriu ternamente.
— Não se preocupe, Clara. A floresta pode parecer grande, mas ela guarda segredos que podem nos ajudar. Vamos pedir às árvores que nos mostrem o caminho.
Clara arregalou os olhos.
— As árvores falam?
— Falam, sim, mas só para quem escuta com o coração — respondeu Dona Flora.
A bruxa colocou as mãos enrugadas no tronco de uma árvore alta e murmurou algumas palavras mágicas. As folhas balançaram, embora não houvesse vento, e logo uma trilha luminosa apareceu entre os arbustos.
— Vamos por aqui — disse Dona Flora, segurando a mão de Clara.
Enquanto caminhavam pela trilha, Clara perguntou:
— A senhora é uma bruxa? Das boas ou das ruins?
Dona Flora riu alto.
— Sou uma bruxa boa, claro! Mas nem todas as pessoas acreditam em bruxas boas, então prefiro manter minha existência em segredo.
— Por quê? — quis saber Clara.
— Porque as pessoas têm medo do que não entendem. Mas, com o tempo, aprendi que fazer o bem é o bastante, mesmo que nem todos saibam quem ajudou.
De repente, elas ouviram uma voz chamando ao longe:
— Clara! Clara! é você?
— É o meu irmão! — gritou Clara, soltando a mão de Dona Flora e correndo na direção da voz.
Logo, os dois irmãos se abraçaram emocionados. O irmão de Clara, chamado Tomás, olhou para Dona Flora com curiosidade.
— Quem é a senhora?
— Apenas uma amiga da floresta — respondeu ela, piscando para Clara.
Depois que os irmãos voltaram para a vila, Dona Flora pensou que era hora de fazer algo especial para os habitantes de Lumiar. Muitas vezes, ela os ajudava em segredo, mas queria ensinar as crianças que a magia podia ser algo maravilhoso.
No dia seguinte, ela usou um pouco de sua magia para espalhar pelo ar um convite perfumado que dizia:
“Venham todos à clareira da floresta esta noite. Haverá histórias e magia!”
Quando a noite caiu, a clareira estava cheia de crianças e adultos curiosos. No centro, uma fogueira crepitava, iluminando os rostos ansiosos. Dona Flora apareceu com seu chapéu pontudo e um sorriso caloroso.
— Bem-vindos, queridos amigos! Hoje é uma noite para aprender que a magia não é algo para temer, mas para compartilhar.
Ela contou histórias de bruxas que ajudavam a salvar florestas, de poções que curavam corações partidos e de feitiços que traziam coragem para enfrentar os desafios da vida. As crianças estavam fascinadas, e os adultos, encantados.
Depois das histórias, Dona Flora fez uma demonstração de magia. Ela pediu que cada criança trouxesse um objeto especial. Uma menina trouxe uma concha, um menino trouxe uma pedra brilhante, e Clara trouxe uma flor que encontrou no caminho.
Com um toque mágico, Dona Flora transformou a concha em uma pequena caixa de música, a pedra em um cristal que brilhava no escuro, e a flor em um colar que nunca murchava. As crianças aplaudiram com entusiasmo.
No final da noite, Dona Flora disse:
— A verdadeira magia está nos pequenos gestos de bondade. Cada um de vocês tem um pouco de magia dentro de si. Usem-na para fazer o bem.
A partir daquele dia, a vila de Lumiar nunca mais foi a mesma. As pessoas aprenderam a respeitar a magia e a abraçar a bondade em suas vidas. E, às vezes, quando o vento soprava, era possível ouvir a gargalhada de Dona Flora, lembrando a todos que a magia estava em toda parte — bastava acreditar.
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Bem-vindo ao História Para Dormir! Sou Mahesh, autor deste espaço dedicado a encantar crianças com histórias de ninar.
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