Era uma vez, numa grande e verdejante fazenda, um cavalo chamado Relâmpago. Ele era forte, rápido e vivia correndo pelos campos, sempre com a crina ao vento. Relâmpago gostava de se exibir para todos os outros animais, mostrando sua força e velocidade. Ele se achava o rei da fazenda.
Um dia, enquanto trotava pelo campo, ele viu um pequeno camundongo, chamado Tico, que estava tentando carregar uma bolotinha de queijo maior do que ele. O cavalo olhou para Tico e riu:
— Hahaha! Olha só você, um camundongo tão pequeno tentando carregar algo tão grande! Você nunca vai conseguir fazer isso, Tico!
O camundongo olhou para Relâmpago e respondeu com um sorriso tímido:
— Não sou tão forte como você, Relâmpago, mas vou tentar. Todo esforço vale a pena!
Relâmpago, então, seguiu em sua corrida e não deu mais atenção ao camundongo. Ele pensava que Tico nunca seria capaz de fazer nada interessante, pois era tão pequeno e fraco.
Naquela mesma noite, quando a lua brilhava no céu, um grande problema aconteceu. O fazendeiro havia trancado a porta do celeiro, e Relâmpago, que sempre dormia dentro dele, estava preso. Ele tentou empurrar a porta, mas era muito pesada. Tentou com toda sua força, mas nada adiantava.
Foi quando, de repente, Tico apareceu, com seu focinho pequeno e ágil. Ele olhou para o cavalo e disse:
— Relâmpago, por que está aí fora? Está preso?
Relâmpago, já cansado e frustrado, contou sua situação.
Tico pensou por um momento e disse:
— Não se preocupe, eu posso ajudar. A porta tem uma pequena fechadura que posso abrir.
E assim, o pequeno camundongo começou a trabalhar. Com suas patinhas pequenas, Tico conseguiu abrir a fechadura da porta do celeiro. Relâmpago ficou surpreso.
— Uau, Tico! Eu nunca imaginei que você fosse capaz de me ajudar! Você é mais forte e mais inteligente do que eu pensava!
Tico sorriu, modesto, e disse:
— Às vezes, as pequenas coisas podem fazer grandes mudanças, Relâmpago. O importante é nunca desistir, mesmo quando parece difícil.
Relâmpago aprendeu uma grande lição naquela noite. Ele percebeu que não importa o tamanho ou a força de alguém. Cada um tem sua própria maneira de ser útil e importante.
Moral da história: Não é o tamanho ou a força que define quem é capaz de ajudar, mas a coragem e a perseverança.