História Para Dormir de Mistério: A Casa Assombrada

História Para Dormir de Mistério: A Casa Assombrada

Era uma vez, em uma pequena vila cercada por montanhas e florestas, uma casa antiga e misteriosa. Todos na vila falavam sobre ela. Ela ficava no topo de uma colina, com janelas grandes e uma porta de madeira que rangia ao vento. A Casa Assombrada, como todos a chamavam, estava vazia há muitos anos, mas ainda assim, ninguém se atrevia a se aproximar dela.

Na vila, morava um menino chamado Miguel, que adorava aventuras e mistérios. Ele sempre sonhou em ser um grande detetive, igual aos heróis dos livros que ele lia antes de dormir. E, claro, havia um mistério que ele queria muito desvendar: o que realmente acontecia na Casa Assombrada?

Numa noite de lua cheia, Miguel estava sentado em sua cama, ouvindo os ventos lá fora, quando ouviu algo estranho. Um som de passos vindos da direção da casa. “Será que é alguém?” — pensou ele, com o coração batendo mais forte. Sem perder tempo, Miguel pegou sua lanterna, colocou uma capa e decidiu investigar. Ele sabia que, se alguém poderia resolver esse mistério, esse alguém era ele!

Miguel saiu de casa, atravessou o campo e começou a subir a colina. A casa parecia ainda mais misteriosa sob a luz da lua. As árvores ao redor balançavam suavemente, e o vento fazia um som sussurrante, como se estivessem contando segredos.

Quando Miguel chegou à porta da casa, ela estava entreaberta. Ele empurrou lentamente a porta de madeira, que fez um rangido alto, como se estivesse esperando por ele. O ar dentro da casa estava gelado, e Miguel não sabia se o frio vinha do vento ou de algo mais. Mas ele estava decidido a descobrir o que estava acontecendo.

Ele entrou, e sua lanterna iluminou o corredor escuro. As paredes estavam cobertas de teias de aranha, e o chão fazia um som estranho, como se estivesse murmurando. Miguel andou com cuidado, sentindo que algo o observava.

História Para Dormir de Mistério: A Casa Assombrada

De repente, ele ouviu um sussurro vindo de cima, no andar de cima da casa. Ele olhou para as escadas, e lá estava, uma luz suave piscando em um dos quartos. Miguel subiu as escadas, devagar, sem fazer barulho. Quando chegou no topo, viu que a porta do quarto estava entreaberta. Ele se aproximou e, com a lanterna na mão, olhou para dentro.

E o que ele viu foi algo inesperado: um gato preto de olhos brilhantes, que estava sentado em uma cadeira perto da janela. Miguel ficou aliviado, pensando que talvez o mistério fosse apenas isso — um gato perdido! Mas, ao olhar melhor, ele percebeu que o gato não estava sozinho.

Do lado do gato, havia uma figura estranha e brilhante, com um rosto suave e transparente. Era uma sombra de uma pessoa, mas não uma pessoa comum. Era como se estivesse flutuando no ar, sem tocar o chão.

Miguel ficou surpreso, mas não sentiu medo. Ele sabia que os mistérios não eram feitos para assustar, mas para serem descobertos. Então, ele se aproximou devagar e falou com a figura brilhante:

Quem é você? — perguntou, com a voz firme, mas curiosa.

A figura sorria gentilmente e, com uma voz suave, respondeu:

Eu sou a Dona Amália, e esta era minha casa. Fui uma grande amiga dos animais e sempre cuidei deles. Depois que me fui, eles ainda visitam este lugar para me lembrar de que nunca estarei sozinha.

Miguel olhou para o gato preto, que agora estava ronronando suavemente, como se fosse um amigo antigo. Ele compreendeu que não se tratava de um fantasma assustador, mas de uma alma bondosa que ainda zelava pela sua casa e pelos animais.

Dona Amália continuou:

Não tenha medo, querido Miguel. Eu e meus amigos animais gostamos de vir aqui para brincar e cuidar da casa. Se você me permitir, gostaria de ficar por aqui, sempre que quiser aprender mais sobre as aventuras e os mistérios do mundo.

Miguel sorriu e acenou com a cabeça. Ele entendeu que o mistério da Casa Assombrada não era algo que precisasse ser resolvido com medo, mas com compreensão. Ele se despediu da figura brilhante e do gato preto e, com um novo olhar, saiu da casa. A porta se fechou suavemente atrás dele, como se a própria casa estivesse dizendo “até logo”.

Na manhã seguinte, Miguel contou tudo para seus pais, mas ninguém mais viu a Dona Amália ou o gato. Porém, sempre que passava perto da Casa Assombrada, Miguel sentia uma sensação de paz e sabia que, de algum modo, ele havia desvendado o mistério mais bonito de todos: a amizade eterna entre os seres que amamos.

E assim, todas as noites, ao olhar para a casa iluminada pela lua, Miguel sorria, sabendo que o verdadeiro mistério estava no amor que nunca se vai, mesmo quando a vida muda.

Boa noite, pequenos detetives. Que seus sonhos sejam tão doces e misteriosos quanto a Casa Assombrada de Miguel. 🌙👻🐾

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